WIlliam Fernandes
Psyche & Arts
WIlliam Fernandes
Decidi incluir aqui um pouco da minha vida pessoal e alguns pensamentos próprios (sempre na cor preta), porque existem aqueles que gostam de saber quem é e o que pensa o autor.
O texto da página de abertura do site, bem como o desta página (sempre na cor branca) são da jornalista e amiga Stephane Schmidt, que tem uma longa história de apoio ao meu trabalho.
William Fernandes tem uma vida reservada , fora das redes e dos encontros sociais. Mora com seu companheiro, com quem é casado desde 2009, num sítio distante no interior da Saxônia, Alemanha.
Sabe que o que importa na vida são os amigos, as pessoas que amamos e ser uma pessoa boa; mas se não der para ser amigo, amável e bom com privacidade, vinho e cachorro, ele fica só com a privacidade, vinho e cachorro, mesmo.
“Levar os outros muito a sério é um perigo. Levar-se muito à sério é patético e comovente.”
“Rir de si mesmo é o talento de desarmar os críticos e as traíras”
Nasceu no Brasil, em São Paulo, no bairro do Capão Redondo. Ali, ao lado do irmão, Luís Ricardo, aprendeu tudo sobre pipas, bolinha de gude, carrinhos de rolimã, gangues de bicicleta, a ser fiel aos amigos e a trair, sempre que possível e sem dó, os inimigos.
Foi educado no Instituto Adventista de Ensino; ali aprendeu a encontrar o caminho para a Escola Municipal de Música de São Paulo, fez grandes amizades, aprendeu tudo sobre a bíblia, adventismo e o cristianismo, o que o fez tomar uma decisão espiritual aos 12 anos: permanecer ateu.
“Quanto mais convicções, mais chances de sair ofendido de uma festa super divertida.”
“Sou ateu pois, por mais emocionados sejam os testemunhos, não há nenhuma evidência da existência de deuses. Os deuses morrem quando acabam seus adoradores. Sempre foi assim.”
Pais artistas: Luiz Fernandes, investigador de polícia que nas horas livres gravava a própria voz num gravador Aiko, lendo poesias.
Dona Zenaide, mãe amorosa, mas controladora e imparcial, adorava dar festas, compor músicas com o irmão Zenildo, que tocava violão, adorava literatura, decorar a casa e jardinagem.
O casal se divorciou num tempo em que divórcio era tabu, como o aborto é hoje. Casou com Sr. João Batista, um baiano da melhor safra que ajudou a restituir os valores familiares que quase se perderam com a separação, e com quem ficou até ela falecer em 2012.
Uma perda não recuperada foi Dona Zenaide ter se desesperado na época do divórcio e aderido ao adventismo. Mesmo assim, nunca perdeu o talento artístico para a pintura e a saborear um vinho.
A paixão pelo cinema e literatura o levaram a colecionar filmes e livros. Hábito antigo. Quando pré-adolescente aceitava desafios do seu grande amigo Humberto Raimundo de Souza, sobre quem leria mais livros em um mês e depois contaria a história de cada livro para o outro. O Cinema já estava na cabeça: nas imagens criadas pelo diretor/leitor de cada livro.
Hoje escreve os livros que gostaria de ter lido, mas nunca encontrou.
Paixão por vinhos, cinema e literatura só é superada pelo amor que tem pelos animais. Se pudesse, teria todos em casa, mas como não pode, têm o que considera a melhor raça de cão do mundo: o Setter irlandês.
Vem conquistando muitos amigos ao longo de centenas de produções e aventuras, e muitos inimigos também, mas, parafraseando Bette Davis, sobre inimigos, diz Fernandes: “..todos me serviram muito bem, obrigado“.
Realista quanto ao futuro tenebroso do mundo, entende que “(…) a vida não faz o menor sentido”, diz ele; “Cabe a nós, individualmente, dar sentido particular a esse universo indiferente a nossa existência.” Ele dá sentido a sua vida semeando: livros, música, espetáculos, plantas, dúvidas, alimentos …